O mercado de apostas esportivas no Brasil está em plena expansão, com os brasileiros gastando R$ 68,2 bilhões em bets entre junho de 2023 e junho de 2024. No entanto, as perdas dos apostadores são significativas: eles receberam de volta apenas R$ 44,3 bilhões, resultando em um prejuízo de R$ 23,9 bilhões, segundo um relatório recente do Itaú.
As empresas de apostas, impulsionadas por contratos milionários com clubes de futebol e campanhas de marketing agressivas, têm lucrado de forma expressiva. Estima-se que as receitas anuais dessas empresas variem entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões. Apesar da regulamentação recente do setor em dezembro de 2023, que visa tributar as operadoras e arrecadar até R$ 12 bilhões por ano, as apostas já representam 0,2% do PIB brasileiro.
O crescimento do mercado de bets no Brasil foi destacado após a Copa do Mundo de 2022, e o país agora ocupa a terceira posição mundial em consumo de casas de apostas. No entanto, as consequências desse novo hábito de consumo são preocupantes. Cerca de dois milhões de brasileiros enfrentam a ludopatia, um transtorno de controle de impulsos, agravado pela fácil acessibilidade às plataformas de apostas online.
A popularidade das apostas no Brasil tem chamado a atenção de grandes instituições financeiras. O Itaú, impressionado com o movimento, chegou a cogitar sua entrada no mercado de apostas, considerando sua experiência em gerar lucros com juros elevados.
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